quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O meu Personal Learning Environment (PLE)



O meu PLE desenvolve-se em torno de quatro eixos fundamentais: 
  •  pesquisa, leitura e recolha de informação; 
  •  produção de conteúdos; 
  •  comunicação e partilha; 
  •  arquivo e organização de conteúdos.
Em termos de hardware utilizo maioritariamente um computador portátil que complemento com o uso de um Tablet, sobretudo para leitura e pesquisa.

Proponho uma visita guiada pelo meu PLE.

Recolha de Informação
Inicio todas as pesquisas pelo Google, seleciono sites e blogues, mas recorro frequentemente a bibliotecas online, de onde destaco a B-on. Dependendo dos conteúdos poderei recorrer a bases de dados de imagens e de vídeos como o Youtube e o Vimeo. Por uma questão de organização consulto a Wikipedia, muitas vezes só em busca de referências bibliográficas.

Leio cada vez mais conteúdos online e disponho já de uma grande biblioteca de e-books. A frequência do curso encaminha-me também para recursos disponibilizados na plataforma e para a leitura de postagens nos diversos fóruns, é um processo que absorve bastante do tempo de que disponho para pesquisar.

Na minha vida profissional recorro ainda a muitos livros em papel e a publicações de especialidade, fazem parte integrante do meu plano de aprendizagem.

Produção

Para a produção de conteúdos utilizo sobretudo o Microsoft Office. Recentemente tenho recorrido com frequência a ferramentas de edição online como o Google docs e o Prezi onde preparei a apresentação do meu PLE.

Utilizo outros recursos, maioritariamente de acesso livre, para a criação de apresentações, vídeos ou áudio.


Organização e bookmarking
A organização de conteúdos é fundamental para que não me perca, pelo que organizo tudo por pastas, sendo que as de uso frequente estão disponíveis online. Utilizo a Dropbox e o espaço de arquivo de que disponho via Moodle no IPleiria para os documentos profissionais e o Google drive para os conteúdos do Mpel06. Todos são sincronizados sempre que me ligo à internet.
Para organizar o fluxo de emails disponho do Windows live, onde recebo todos os emails de todas as contas que tenho e onde aplico filtros para que cada tópico seja disponibilizado numa pasta própria. O Windows live tem a vantagem acrescida de poder ser consultado sem acesso a internet, pois faz arquivo automático.

Na minha página inicial do Symbaloo tenho acesso imediato às plataformas do IPLeiria e da UAb, bem como às contas de email, ao Google reader; ao blogger onde tenho alojados todos os meus blogues (todos para fins profissionais) e, mais recentemente, acesso ao Mendeley.

Ao preparar o meu PLE conclui que sou muito mais dependente (do que poderia inicialmente imaginar) do Google e de toda a parafernália de ferramentas Web 2.0 associadas a este.

Comunicação e Partilha 
Por estes dias tudo começa nas plataformas Moodle, quer em termos profissionais quer em termos do Mpel06 e dai parto para um conjunto de ambientes, gradualmente mais integrados e sincronizados, por forma a gerir o tempo de forma tão ou mais económica que os recursos.

É neste eixo que descubro cada vez mais oportunidades de aprendizagem.

Sou dependente do email para todo o tipo de contactos, profissionais ou familiares.

Há alguns anos que disponibilizo conteúdos online através de blogues que crio como ajuda ao ensino presencial, mas sempre me pareceram limitados em termos de troca e de partilha. Aderi ao Facebook e tenho utilizado o Google+, mas confesso que não me sinto confortável na utilização de sistemas de chat. É, julgo, um traço da minha personalidade que terei que ultrapassar. 

 Referências
Mota, José (2009). Personal Learning Environments: Contributos para uma discussão do conceito - Revista Educação, Formação & Tecnologias, disponível em: http://eft.educom.pt/index.php/eft/article/view/105/66.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Personal Learning Environments



2ª proposta bibliográfica sobre PLEs

Harmelen, Mark (2006). Personal Learning Environments disponível em http://wiki.ties.k12.mn.us/file/view/PLEs_draft.pdf/282847312/PLEs_draft.pdf

O documento em análise procura enquadrar os PLEs (Personal Learning Environments), numa perspetiva introdutória e comparativa entre as várias definições existentes. Define também o espaço ou espaços em que surge a utilização dos PLEs. Harmelen é consultor independente da Universidade de Manchester, na School of Computer Science no Reino Unido.

Numa parte introdutória o autor apresenta as motivações para os PLEs, que resultam:

·         Da necessidade de aprendizagem ao longo da vida;
·         Como resposta à perceção de que os VLEs (Virtual Learning Systems) não lidam de forma eficaz com as necessidades dos alunos;
·         Como resposta à necessidade de recentrar o controlo sobre as aprendizagens no próprio aluno;
·         E da necessidade dos alunos desenvolverem atividades de aprendizagem em contextos externos aos propostos em sede de VLE.

Na segunda parte o autor discute o termo PLE e outros que lhe são próximos na tentativa de identificar o que é, ou não um PLE.

Para o autor PLEs são:
systems that help learners take control of and manage their own learning. This includes providing support for learners to
-          set their own learning goals;
-          manage their learning; managing both content and process;
-          communicate with others in the process of learning;
and thereby achieve learning goals.

Diz ainda:
a PLE may be composed of one or more subsystems: As such it may be a desktop application, or composed of one or more web-based services.

Na terceira parte o autor discute sobre dimensões de espaço dos PLEs em três grandes áreas.

1.      As dimensões da pedagogia, personalização e controlo;
2.      As dimensões da conectividade e da compatibilidade;

3.      As dimensões referentes às plataformas.

As restantes partes do documento apresentam exemplos e conclusões sobre o tema.

Estamos perante um trabalho síntese, que se constitui também como ponto de partida para novas e mais aprofundadas reflexões sobre o tema.

What the heck is a PLE and why would I want one?



1ª proposta bibliográfica sobre PLEs

Cann,  Allan (2007). What the heck is a PLE and why would I want one? [Tutorial/Slideshare] disponível em http://www.microbiologybytes.com/tutorials/ple/index.html

 ---

Trata-se de um tutorial que nos guia pelo que é um PLE (Personal Learning Environment). Os vários capítulos dispõem de um conjunto de recursos áudio e vídeo. Todos os diapositivos estão disponíveis no slideshare e contam com uma locução clara e pausada por parte do autor. Allan Cann é professor na Universidade de Leicester, no Reino Unido e um defensor acérrimo da utilização dos PLEs.

Na primeira apresentação, que dá o nome a esta proposta, o autor faz um resumo do estado da arte no que se refere à Web 2.0. Alan Cann pega num termo cunhado por Chris Anderson: Long Tail, associado originariamente às probabilidades ou preferências estatísticas, com enfoque nas de baixa frequência ou de baixa amplitude. O autor acredita que estamos a experimentar esta long tail na área da educação sendo que a web 2.0 é o elemento chave que define novos contextos, dispersos pela ‘cauda’ das diferentes formas de aprendizagem.

Por oposição ao que é um VLE (Virtual Learning Environment), o autor define o que é um  PLE:

a system that helps learners take control of and manage their own learning. This includes providing support for learners to set their own learning goals, manage their learning, manage both content and process, and communicate with others in the process of learning.

Ainda na primeira apresentação, o autor equaciona as vantagens e desvantagens apontadas aos VLEs e aos PLEs.

O Tutorial estende-se depois por diferentes capítulos que resultam num aprofundamento da temática, muito útil a quem dá os primeiros passos nesta área.

Aqui fica um acesso direto a cada um dos capítulos deste tutorial:


sábado, 8 de dezembro de 2012

Cibercultura...



A obra Cibercultura de Pierre Lévi resulta de um reflexão profunda sobre  o papel da Internet no contexto social atual.
Para o autor a Internet é uma revolução…

Reflexão sobre a obra


Na primeira parte o autor reflete sobre o que é a inteligência coletiva, nomeadamente, numa sociedade marcada pela tecnologia, mas não dominada ou determinada por ela. Esta reflexão conduz a uma definição do espaço virtual desmaterializado ainda que representativo da realidade. Esta virtualização assenta em conceções diversas, a saber: a do senso comum, a do sentido filosófico, e a de uma componente técnica resultante da relação direta com o instrumento tecnológico e com a informação.

O autor apresenta depois uma metáfora com duas curiosas perspetivas de utilização da web: como caça e como pilhagem. Enquanto caça, o utilizador procura a obtenção de informações precisas; como pilhagem, apresenta um comportamento errático recolhendo aqui e ali, numa navegação volátil de página em página, de site em site. 

Uma vez definidos os componentes do ambiente, o autor define o próprio ambiente, o ciberespaço: espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial entre computadores e informação online. O ciberespaço é um todo, constituído por todos os recursos e ferramentas disponíveis e é, antes de mais, uma condição e não um determinismo, isto é: não se constitui como causa em si mesmo, pois a sua a verdadeira razão reside no indivíduo ou grupo que o usa como meio.

A ideia central da segunda parte da obra Cibercultura assenta no conceito da universalidade sem totalidade. A universalidade de acesso ao ciberespaço faz com que todos tenham, em potência, acesso á rede, desde que disponham de recursos informáticos para tal. A comunicação faz-se de tal forma que o utilizador pode ser simultaneamente autor e leitor, esteja onde estiver. Neste contexto, o autor reflete nas potencialidades da partilha como mecanismo criativo de formas novas e antigas de arte assentes em novas formas e estilos de apropriação do conhecimento. Veja-se a reflexão do autor sobre as criações ciberculturais:


Nos capítulos A nova relação com o saber e As mutações da educação e a economia do saber Lévi reforça a ideia de ser impossível abraçar a totalidade da informação disponível e de como as novas tecnologias intelectuais, num contexto virtual flexível e em tempo real, podem favorecer a construção do conhecimento.

O autor reflete sobre o conhecimento adquirido no sistema de aprendizagem convencional que está, regra geral, já desatualizado no fim do ciclo de aprendizagem e ainda mais após a entrada no mercado de trabalho.


Esta necessidade constante e vertiginosa de atualização encontra no advento do ciberespaço um aliado na construção, adaptação, reflexão e, claro está, de atualização do saber. Diz o autor:

[...] o espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos computadores. Essa definição inclui o conjunto dos sistemas de comunicação eletrônicos (aí incluídos os conjuntos de redes hertzianas e telefônicas clássicas), na medida em que transmitem informações. Consiste de uma realidade multidirecional, artificial ou virtual incorporada a uma rede global, sustentada por computadores que funcionam como meios de geração de acesso. Lévi (2009) p.92

Lévi é, sem dúvida, um visionário da necessidade de adaptação dos curricula escolares às exigências da sociedade atual, num novo paradigma de relação com o saber e o conhecimento.

No terceiro capítulo da sua obra o autor convida-nos ao debate sobre os problemas do ciberespaço desconhecido. Trata-se de uma reflexão crítica sobre questões como o mercado absoluto e a crítica que surge de diferentes sectores, nomeadamente, quanto aos riscos inerentes à utilização abusiva de um bem público para fins mercantilistas, dominadores, elitistas e potenciadores de exclusão social. Se é fácil ficar de fora por motivos económicos, consubstanciados numa limitação de acesso à rede, por falta de meios, também é verdade que nunca na história, como agora, se tornou tão fácil ter acesso direto à informação e ao conhecimento.

Lévi revela-se um otimista que acredita que a utilização das novas tecnologias digitais definirá o futuro de todos os campos da cultura humana, numa escala mundial, sem fronteiras físicas.
 

LÉVY, Pierre.(2009) Cibercultura. (Trad. Carlos Irineu da Costa), São Paulo, Editora 34 disponível em http://pt.scribd.com/doc/11036046/Cibercultura-Pierre-Levy

Vídeos (excertos) retirados de uma série de documentários intitulados As Formas do Saber – Pierre Lévy, produzidos pela Sesctv de São Paulo – Brasil, disponíveis em http://www.youtube.com/watch?v=3PoGmCuG_kc

Propostas de conteúdos exemplificativos de cibercultura

1ª Proposta
Como ilustração do que pode significar ciberespaço decidi apresentar o Secondlife
No vídeo seguinte uma criança  apresenta num filme do youtube este mundo virtual...

Trata-se de um jogo?
De uma comunidade Virtual?
De um local de encontro(s)?
Uma oportunidade de negócio(s)?

Julgo que tudo isso junto! 
É um exemplo último da criação de um mundo virtual, colaborativo e de acesso livre!


2ª Proposta
De entre as muitas formas de como a Cibercultura tem vindo a transformar o acesso à cultura, à criação, divulgação e preservação do conhecimento, proponho o visionamento de uma das muitas propostas de conferências denominadas TEDtalks,  visionadas diariamente por milhões de internautas.

Nesta conferência TED Luis Von Ahn convida-nos a conheçer o que se esconde por detrás das famosas Captchas necessárias quando precisamos de nos autenticar num site. É surpreendente!




3ª Proposta
A minha terceira proposta resulta da conferência TED referida acima.

Apresento-vos o Duolingo

 

Propus a um conjunto de alunos que se experimentassem o duolingo e me dissessem o que achavam desta ferramenta colaborativa para a aprendizagem do inglês. 

Todas as opiniões foram de aprovação e entusiasmo… 

Fiquei de novo a pensar sobre estratégias de ensino da língua e de como incorporar no contexto tradicional do ensino das línguas estrangeiras (em contexto presencial), este admirável mundo novo onde a aprendizagem se pode fazer num contexto criativo, colaborativo, esteticamente muito agradável.